Para mais esclarecimentos a central não fugiu de Anadia... se calhar (e mais uma vez) verifica-se venda de "banha de cobra"....simplesmente foi tomada a decisão de fusão do projecto de Anadia com o de Viseu. A opção terá sido estritamente da empresa em causa Nutroton Energias, cujo CEO é o Dr. Luis Marques Mendes (PSD...).
Mais uma vez as questões de politica orçamentais à frente das questões do "projecto educativo" e da qualidade de ensino. É por estas e por outras que temos o país que temos. Quanto ao essencial - preocupação com o futuro da educação e das nossas crianças e jovens - não existe discussão nem procura de soluções de fundo. O importante são os trocos (muito ou poucos que sejam...) e as "capelinhas" (leia-se responsabilidades do Estado no seu todo)... e a este nível a CM de Anadia não fugiu à regra.... Onde pára a Carta Educativa do Concelho de Anadia? Qual o projecto educativo? ou seja, para gastos em obras e construção a CM de Anadia já manteve o interesse em partilhar responsabilidades.
Por último, gostaria de perceber o porquê do aumento nos gastos com as AEC's (tenho por certo a questão da imposição de contratação face à alteração da lei quanto aos recibos verdes), mas existem casos de sucesso a nível nacional sobre a implementação das AEC's... basta fazer uma simples busca na net....
Primeiro estranho não conhecerem o concelho de Anadia... o que associa o lugar de Alfélolas à freguesia de Ancas?! Não será Arcos? Segundo o que nasce torto morre torto.... se não se verificasse tanto secretismo na definição das políticas do concelho (mesmo que de planeamento industrial) , disponibilizando/partilhando informação com a população, a comunidade podia participar na procura de soluções (o que se chama politica participativa) evitando acordos estranhos com a oposição (leia-se PS e/ou Lino Pintado). Terceiro, qualquer projecto empresarial é bom para Anadia, desde que localizados em sítios correctos/licenciados e com as acessibilidades necessárias. Quarto, o Dr. Marques Mendes CEO da empresa responsável pelo projecto de Biomassa, ainda em Julho referiu-se ao projecto de Anadia como um dos vários da rede a instalar... Ou seja.... o que mudou? A resposta estará implícita nos pontos dois e três que enumero e que não devem ter resposta...
Digite o texto aqui![youtube 6yB0hjHFg9A http://www.youtube.com/watch?v=6yB0hjHFg9A youtube]
Eu tive a confirmação de que efectivamente houve um acidente com o LM em Paredes do Bairro no dia das comemorações da freguesia.... o vídeo é ilucidativo.... 5ª droga....
Parabéns! Prova viva do interesse e da razão de ser do blogue "Anadia Sem Gente"... o que quer dizer que pelo menos cerca de 1.000 por cá vivemos!
Não posso deixar de reforçar que a questão de desertificação é mais abrangente do que a ideia que transmite. Concordo que não deve haver em cada "terrinha" uma "capelinha". Pegando no exemplo do Hospital de Anadia, concordo que o mesmo, para as verdadeiras urgências não servia, mesmo que o Hospital de Coimbra ou o de Aveiro estejam sempre a mais de 30 minutos de caminho. Quanto às Escolas, o problema que se coloca não é a solução futura dos Pólos Educativos e com isso o fim das escolinhas de freguesia. o que está em causa é a solução ser forçada, sem condições, sem preparação prévia, já que é inaceitável colocar a hipótese de crianças de 6, 7 8 anos andarem de autocarros, com as viaturas que existem, com os auxiliares de educação que escasseiam, com o modelo de gestão de escolas que permanecem. Só um exemplo. Uma criança de 11-14 anos para chegar a Ancas depois de um dia de Aulas, pode demorar de autocarro cerca de 1h30. Isto é normal?!!! Desertificação é também quando para se fazer uma deslocação de 8 km, estamos sujeitos a esta barbaridade. Tudo isto é um problema estrutural. Não é um problema de comodismo... sobretudo se eventualmente não se viver na cidade de Anadia ou na Vila de Vilarinho do Bairro. O concelho de Anadia não é todo igual.
Na verdade, num concelho do litoral centro, questiono somente como é possível verificar-se o "fenómeno" da desertificação.... A explicação é fácil: 25 anos de poder autárquico incompetente que tem levado ao longo das duas últimas décadas (e em particular na última) à deslocalização de muitos jovens casais para concelhos limítrofes. Pegando somente no exemplo de Ancas, sem que os jovens casais possam construir as suas casas na freguesia, os mesmos são obrigados a comprar apartamentos sobretudo no concelho de Oliveira do Bairro. Com tudo isto as crianças entram o fecho da Escola de Ancas... msmo que os nossos ilustres políticos acenem como o futuro "utópico" Pólo Educativo! A vergonha de sempre.... a população de Ancas sem Escolas... depois de perderem o Posto Médico, etc.....