Estranho como eu deveria ter comentado sobre esse post, mas me esqueci. Okay, me esquecer das coisas é um acontecimento diário, mas enfim.

Eu concordo com sua definição de medo, e também que jogos de horror estão muito longe de conseguir despertar qualquer coisa parecida — embora eles tenham ficado realmente bons em colocar cenas interessantes para despertar sustos. Well, como um bom apreciador do gênero, até hoje não consegui encontrar um bom filme de horror ou jogo de horror. A maioria dos filmes, quando não deixa uma sensação awkward chata, é feito para rir do início ao fim (ou eu sou louco e ainda não sei :3)

Quanto à jogos, eu joguei apenas o demo de penumbra, e me pareceu muito decente. Nada que chegasse a despertar medo, provavelmente porque as cenas mais emocionais não estavam presentes. Cheguei a ler a descrição de uma delas no blog, e se bem me lembro (o que não é muito confiável) era algo que fazia sentir-se culpado por como as coisas chegaram àquele ponto, pelo que você fez às pessoas que gosta e coisas assim.

Falaram em Fatal Frame ali em cima, não joguei nem o 1 nem o 3, ainda. Gosto da série, não pelo medo, mas pela atmosfera. Fatal Frame II, inclusive, tinha um potencial muito grande, com bom posicionamento de câmera, uma atmosfera imersiva (ainda mais se você estiver usando fones de ouvido e jogando no escuro), e a possibilidade de criar uma sensação de culpa imensa. Mas, como praticamente todos os jogos do gênero, peca por sua linearidade. E por não aproveitar a NPC como poderia. I mean, você se sente culpado por fazer a sua irmã gêmea cair e machucar a perna quando crianças, e muito culpado por isso. Essa mesma irmã vai ser sacrificada e você pode tentar impedir (ou não -- o que foi um final decente, ter a opção de fugir dos seus medos e deixar sua irmã para trás). O problema todo é que, quando o jogo pode fazer isso de forma decente (sua irmã está do seu lado, você quer protegê-la por causa da culpa do passado e os fantasmas estão atacando sua irmã), você percebe que não importa o quanto você deixe sua irmã por aí para ser comida por fantasmas (?), ela não morre. E no final, você acaba usando a pobrezinha como isca D:

Enfim, acho que o grande problema dos jogos de horror mesmo é a total linearidade e falta de imersão na história. Você não passa do estágio de Willing Suspension of Disbelief, e parece que tudo está acontecendo tão longe de você que não tem como se importar menos. Uma parte por causa da total linearidade, outra porque os plots e desenvolvimento da história não é realmente emocional, você simplismente não se importa se o personagem principal for comido por lobos, ou se todos os NPCs virarem zumbis.

Outro provável problema é que todas as histórias (que eu já joguei -- talvez com a excessão de Kuon, embora o jogo não chegue a dar medo realmente) tentam fazer com que você se sinta perdido e sem esperanças logo no início, antes de fazer você simpatizar com os personagens da história. É simplesmente um grupo de policiais que precisa matar os zumbis para não morrer. Quando poderia ser melhor se você tivesse um grupo de três policiais, talvez com uma mulher pela qual o protagonista se preocupasse especialmente, que estão em uma cidade para acabar com a infecção de um vírus que transforma as pessoas em zumbis. Tudo ocorre bem no início, os três conseguem acabar com os zumbis tão facilmente que a garota comenta que estarão todos em casa no dia seguinte. Aí você abre uma porta, mata mais um daqueles zumbis fracos, mas como baixou a guarda diante de facilidade do jogo, corre para a porta de saída. E é nessa hora que você ouve o grito da garota, seu amigo atirando no zumbi que está tentando comê-la e percebendo que é inútil, e você tem a opção de voltar e tentar ajudá-los, possivelmente morrendo ou tendo a chance de ser apunhalado pelas costas pela garota infectada, ou continuar pela porta e deixar os dois morrendo lá. E talvez, escolhendo essa opção, no final do jogo você reencontre seu amigo, que veio cobrar-lhe a dívida por deixar ele e a garota para morrer naquele zumbi.

Oh, well, vou tentar jogar S.T.A.L.K.E.R depois, não tinha ouvido falar nesse jogo ainda. Mas foi um bom artigo, Cindy, me fez revisar alguns dos meus conceitos sobre o gênero, inclusive. =3

A sensação de ler esse texto foi muito estranha, porque era como se eu tivesse escrito. Eu também tenho um monte de projetos engavetados ou perdidos pelo meu HD que vivem dizendo "Termine-me NAO", e eu vivo brigando comigo mesmo para terminá-los... nunca dá muito certo, though.

Eu acho que esses contests rápidos, como a Ludum Dare, a PyWeek, o Experimental Gameplay e tal, são ótimos para criar alguma coisa. Ao menos comigo funciona, quando tem um prazo definido para terminar algo, eu me animo à fazê-lo. E depois é ainda mais legal ver o feedback da comunidade sobre seu protótipo.

Esse ano eu espero terminar o jogo que eu fiz para a PyWeek, mas vou portá-lo totalmente para a web usando Javascript e HTML 5, assim arranjo uma desculpa para estudar isso também :3

Boa sorte com seus estudos, dear, e tente pegar um projeto pequeno e ir fazendo nos finais de semana. Estabeleça um prazo para lançá-lo e panz =3

Cya /desu~

Ah, bem, Bayonetta não foi necessáriamente o primeiro jogo a fazer isso. E convenhamos, heroínas fodásticas têm um certo apelo sexual por si só, algumas pessoas decidem levar isso à um novo nível.

A Julie de Heavy Metal: F.A.K.K. 2 já tinha esse apelo sexual (mas nesse caso, era um senhor apelo, realmente). Por exemplo, enquanto ela trucidava os inimigos pelaí e tomava danos ela ia perdendo as roupas, so... well, you do the math D:

Não que eu tenha quedas por apelos sexuais, actually, é normalmente o contrário (e olha que eu sou um garoto D:). Eu prefiro ver garotas vestidas elegantemente à garotas semi-nuas. Sei lá, acho que estudar anatomia deve levar à isso (ou eu sou um plain gay mesmo -q)

Anyways, aquela arma rosa é um loosho, realmente *-* A paradinha das borboletas também :3

Ah, como eu queria ter um PS3 D: Mais por Heavy Rain do que Bayonetta, tho :3

Na verdade, isso já aconteceu sim. Com o game Rule of Rose, que aliás eu peguei pensando que seria um bom horror com criancinhas, mas não tem nada de mais .-. (e ainda por cima, o gameplay é péssimo).

Sobre a censura, eu acho que qualquer forma é idiota. Acho que as pessoas não aprenderam ainda a diferença entre realidade e ficção, as pessoas continuam achando que jogos/filmes/whatever matam/torturam/whatever pessoas, quando na verdade, pessoas matam pessoas. Se quiséssemos realmente um mundo bonitinho e sem violência, basta que todas as pessoas se tranquem em seu quarto e virem vegetais, tenho certeza que desse jeito o mundo se tornaria um lugar melhor para viver =P

Além disso, segundo a declaração de direitos humanos todas as pessoas são livres para fazer o que quiserem, contanto que não interfiram nos direitos dos outros. E eu realmente não vejo aonde assistir um filme, jogar um game, ler um livro, insira-outra-coisa-aqui interfere no direito dos outros. All the more, ninguém provou ainda uma relação direta entre mais jogos violentos = mais mortes (nem qualquer outra relação entre ficção e realidade, já que elas são duas coisas distintas).

Eu lembro que li todos os livros da sério The Lord Of The Rings também, mas uma vez só. Aliás, o livro que eu li mais vezes até hoje foi O Mundo de Sophia, eu li umas 5 vezes (e nem tive que fazer trabalho sobre ele pra aula de Filosofia xD).

Mas enfim, vamos por partes:
"é realmente necessário entender o cara pra ser um bom game designer?"

Não. Ele é realmente um excelente escritor de fantasia. O modo como ele descreve os eventos é simplesmente demais. Mas eu não vejo tanto relacionamento entre 'entender' Tolkien e se tornar um bom game design.
Em contrapartida, um bom game designer deve ter a mente realmente aberta. Pesquisa é essencial na área (assim como na literatura também, é importante pesquisar bastante sobre o que você vai escrever/criar antes de começar o trabalho. Se você escrevesse algo sobre Joana D'Arc, você não poderia colocá-la como rainha da Inglaterra na época vitoriana sem uma boa explicação, por exemplo).

Para um RPG de fantasia medieval, dependeria muito do que a pessoa fosse realmente criar, por exemplo. Se você pegar Valkyrie Profile (é assim mesmo que se escreve? Preguiça de olhar xD), verá que tem um grande trabalho de pesquisa sobre mitologia nórdica por trás dele. Homúnculos, elfos, e outras tantas coisas relativas à mitologia nórdica. Okay, mas quem disse que um RPG de fantasia tem que ser baseado em mitologia nórdica? Por que você precisa de elfos no seu jogo, só pra dizer que é fantasia? Ou será que apenas o fato de ter elfos com um incrível background no seu jogo torna ele fantasia?

Legend of Mana é o meu jogo de RPG favorito (e olha que é um jogo de PS1 e 2D), aliás, gosto bastante de toda a serie Seiken Densentsu, mas ele não tem elfos, não tem hobbits, não tem o que você chamaria de típico RPG fantasia, mas nem por isso deixa de ser um. Claro, o pessoal da Square deve ter se baseado em n-coisas para criar tudo isso (porque querendo ou não, sempre acabamos nos baseando naquilo que gostamos para criar qualquer coisa), mas nem por isso deixou de ter o toque criativo e original da série.

Atualmente eu estou escrevendo um jogo de Survival Horror que se passa em um vilarejo fictício da França. E o Google Earth está realmente me ajudando bastante nisso, já que eu não conheço tanto assim da França. Além disso, eu estou tentando montar um bom knowledge base à respeito de como as pessoas se vestiam, como elas se comportavam, como eram as casas na época (idade média, século IX), e coisas assim. Acho que toda essa pesquisa ajuda a criar um 'universo' melhor, mais fiel

O que eu realmente quero dizer é que você não tem que se restringir à apenas uma coisa enquanto está pensando em criar algo, mas existem leituras que são interessantes dependendo do que você for fazer. Por exemplo, se eu for escrever um livro de horror, seria interessante que eu lesse autores como Stephen King, H.P. Lovecraft e tentasse entender porque as pessoas gostam tanto dos livros deles. Por que eles conseguem passar toda aquela atmosfera assustadora e fazer você realmente sentir medo. E seria mais fácil entender como fazer as pessoas sentirem aquela mesma sensação de que elas não estão seguras e panz.

Acho que acabei escrevendo quite a lot .-.

Cara, você mora em varginha?

Muito longe pra mim though, mas vou esperar por um post sobre a palestra e panz.

Bem, se eu não me engano o Silverlight da Microsoft usa C# e você pode fazer games com ele para a web. Eu baixei o trem, mas nem peguei nele até agora xD, vou tentar fazer alguma coisa com ele depois.

Boa sorte na sua jornada pelo C#.