Hm, os meus no Nowloading tendem a ser curtos. E aqui eu devo ter comentado no máximo dez vezes, em posts que abriam discussões que não podiam ser concluídas com "é, pois é".

E eu escrevo, é uma das minhas formas de sustento. Então acho que é isso. hahaha

Mas, se você não consegue nem ler meus comentários, como consegue ler o Continue? (tipo... não fiquei ofendida nem nada, eu só fiquei curiosa quanto a isso.)

Sou Valve sucker também. Não tem o que dizer do serviço, que tem poucas falhas e tem uma 'garantia' eterna de atualizações e suporte técnico. Mas dos preços tem que se dizer muito, e a primeira coisa é: ARE THEY FUCKING OUT OF THEIR MINDS? Porra, tem umas promoções que são simplesmente absurdas. E no melhor sentido que existe. Como usamos o Steam há somente um ano, não sabíamos que era só esperar as festividades natalinas pra assistir programadores tentando nos ENLOUQUECER. Compramos vários jogos muito, muito, muito, muito bons sem passar da linha dos 100, 110 reais. Não dá pra entender como eles conseguem cobrar tão baixo num jogo porque, mesmo que deixemos de lado transporte, caixinha e todas essas coisas, ainda tem a 'marca', o salário de quem fez, etc. Um jogo famoso e razoavelmente recente da Capcom sair 10 dólares em promoção é perto de inexplicável. Só estou esperando L4D2 dar uma baixada significativa (se bem que de 40 dólares pra 30 já É significativo - pra nós, isso dá quase 20 reais. E, no Steam, 20 reais compra pelo menos dois jogos bons).

E eles têm um feature que acho simplesmente impossível de viver sem: mandar presente. Como não temos cartão internacional ainda, a solução é chegar nos amigos e dizer "ME COMPRA TE TRANSFIRO AGORA". Ok, esse feature só serve pra nós, mas hm. Blé. hahaha

Mas: sobre o lance dos downloads, Fabio, todos os clientes de torrent fazem isso (e baixar o jogo nada mais é que um torrent). Ele suga toda a tua conexão a menos que tu vá lá no programa e diminua a prioridade (ou, no caso de torrent, o teu upload, mas isso não costuma fazer muita diferença). O Steam só não tem essa opção (acho! Nunca procurei).

Estranhamente, já joguei TF2 enquanto baixava Street Fighter 4 (DEZ DÓLARES, SUCKERS) e funcionou ok. E olha que eu tenho banda larga da Oi, que... bem, só tendo pra saber a preciosidade dessa informação.

edit - Bora juntar uma galera pra marcar um TF2 básico?

Eu segundo isso, hein.

HAHAHAHAHA Nós também, Bracht!

(Por sinal, joguei contigo no TF2 esses dias. hahahaha)

Fico feliz que tu tenha gostado, haha. É foda o que eu observei no 'fandom da literatura' e percebi que existe nos games também: o cara quer FAMA de crítico bom. Aí ele acha que basta descer o pau que o trabalho está feito. E, cara, a responsabilidade em cima disso é grande. Tu pode destruir algo de alguém que se esforçou muito, e injustamente, ainda por cima. A idéia de fazer resenhas, além de expressar a nossa opinião real, não é mostrar aos leitores o que eles podem esperar de algo?

Enfim, é uma discussão bem legal e gosto quando o Continue inspira esse tipo de papo.

:*

Então, ainda assim, as pessoas têm visões pré-definidas de jogos. Não são poucos os meus amigos ou parentes que acham que jogo é coisa boba e de criança, de Resident Evil a, sei lá, insira-jogo-máximo-filosófico-aqui. O Wii não contribuiu nem fez algum desfavor a essa imagem. Tem jogos bobos, mas, bem, se você quer a minha opinião, o que tem de não-bobo em um Rock Band da vida? A diferença é que o Wii tornou esses jogos mais acessíveis e abriu portas a uma roupagem que chama a atenção, atrai novos jogadores, que podem ir abandonando, aos poucos, esse preconceito que existe com jogos, todos eles, e quem os joga.

Acho que não preciso nem dizer que você não deve ler tão literalmente assim. O segundo parágrafo deixa mais do que claro que nem eu me refiro exclusivamente a gráficos.

Me desculpa, mas tu acha que alguém vai pensar que videogame é coisa de adulto só porque tem um moleque com gráfico próximo à realidade dando tirinhos por aí?

Na boa. Mesmo. Videogame SEMPRE vai parecer coisa de criança pra quem olha de fora. Minha mãe não acha que Team Fortress 2 é coisa de adulto.

Ok, meio que me enrolei, mas é o que pensei lendo o post e os comentários. Por fim, vamos pensar assim: se alguém disser que achou aquele jogo MARAVILHOSO, FANTÁSTICO, PERFEITO, porque tem uma jogabilidade ótima, o controle é perfeito, super criativo... mas o plot não te chamou a atenção, tem premissas que tu não gosta, o controle é de um tipo que te irrita, a resenha foi ruim? Não necessariamente. Ela só não tem o teu ponto de vista. E ela ainda pode servir pra te fazer mudar de idéia - ou te fazer ver que, realmente, o jogo não era pra ti.

Em primeiro lugar, estava comentando com o namorado que o que mais gosto no Continue é que vocês sempre tentam inspirar discussões interessantes. Não dão notícias só pra nos manter ligados, mas também para ouvir nossas opiniões, etc. Eu acho isso muito bom, é o que difere, pra mim, o Continue de outros blogs que adoro (o NL, por exemplo, adoro muito, mas não tem isso).

Agora, sobre o lance das resenhas. No âmbito da literatura, do cinema e da música eu enfrento esse problema há muitos anos. Sempre vejo pessoas destruindo obras pelo prazer de fazê-lo. Já teve reviews das quais discordei, mas ainda assim recomendei o texto para outras pessoas porque não deixava de conter muitas verdades. Lembro de uma de um CD que acho horrível. A moça falava, também, que não gostava do CD, mas elogiava a orquestração, os arranjos, tudo; só completava dizendo que isso tornava o conjunto enjoativo, repetitivo, meio mais do mesmo. Mas quem gosta de orquestração e desse tipo de música não ia sair decepcionado e, de fato, as pessoas que conheci não saíram. Pra mim, isso é uma boa review.

No entanto, as pessoas têm a mania de criar "verdades incontestáveis". Tipo: tal filme é indiscutivelmente bom e tal filme é indiscutivelmente ruim. Tem gente que riria ao pensamento de comparar, por exemplo, Wuthering Heights a Twilight. Eu amo Wuthering Heights. É um dos melhores livros que já li. E acho Twilight um porre. Mas, oras, por que não? Nenhum dos dois é absoluto em qualquer coisa. São obras de arte e, portanto, sujeitas ao observador. A minha observação me leva a enxergar qualidade em Wuthering Heights (O Morro dos Ventos Uivantes, estou meio acostumada ao nome original) e não ver a mesma em Twilight. Claro que o primeiro tem falhas que não existem no segundo, mas o primeiro é um clássico, então todos se sentem na obrigação de dizer que é maravilhoso, e o segundo foi lançado há poucos anos e é preferência principalmente de meninas jovens que não leram muitas outras coisas, portanto, as pessoas se sentem na obrigação de desprezar. Vêem aonde quero chegar? Isso se aplica a filmes, música e jogos também. Alguém difundiu que tal jogo era incontestavelmente bom e que você não pode simplesmente não gostar. E difundiram, também, que tal jogo era irrefutavelmente ruim e que não há condições de pegar leve. Desconsideram diferentes gêneros, épocas, influências e, principalmente, o que cada desenvolvedor quis para seu produto. E as resenhas são o meio perfeito de perpetuar esses preconceitos. Dificilmente um jogo conceituado de uma empresa conceituada vai ser trollado sem que as pessoas reclamem disso - de alguém dar a sua legítima opinião. Mesmo que a trollagem tenha perfeitas razões de ser. E, sabendo disso, muitos resenhistas se aproveitam para manter fechadas as mentalidades das pessoas que jogam. Não consigo deixar de me irritar quando vejo alguém fazendo uma resenha deixando de levar vários fatores em consideração, mas falo disso mais pra frente.

Uma coisa que podia ajudar era não se deixarem levar pelos termos 'pontos negativos' e 'pontos positivos'. Porque a gente sabe ler. Por exemplo: se alguém disser 'pontos positivos: tem muitas batalhas aleatórias', eu tenho horror a batalhas aleatórias! Eu já vou ler e pensar 'isso não é um ponto positivo pra mim'. Não há razão pra achar que a resenha é toda inválida só porque eu discordei de um ponto considerado pelo autor como positivo. A gente pode ler e enxergar por trás da opinião da pessoa. Um autor que diz 'o jogo tem problemas, como a câmera confusa de controlar' não está dizendo, necessariamente, que a câmera é horrível, mas eu entendo, através dessa frase, que cabe a mim ver o quanto uma "câmera confusa de controlar" vai atrapalhar a minha jogabilidade. As resenhas não são absolutas - assim como os "fatos" também não -, acho que temos que sempre incorporá-las ao nosso ponto de vista. Uma boa resenha deve dar seus argumentos colocando, sim, o ponto de vista do autor, porque não há como evitá-lo, mas sempre dando abertura para que os leitores tirem suas próprias confusões. Uma boa resenha não pode esconder fatos nem aumentá-los (por mais que opinião seja opinião, dá mesmo pra reclamar da câmera de um adventure point and click, por exemplo? Ou dizer que o controle é confuso se só tem dois botões? Etc), para que possamos ver se as coisas apontadas pelo autor vão nos atrapalhar ou não, julgando, assim, se vamos comprar o game - ou o livro, ou o filme... E um bom leitor de resenha não devia se apoiar cegamente na visão de ninguém e dar uma chance a outras opiniões. Eu nunca leio uma resenha só de um jogo que me interessa.

Compreendo a sua dor.

QUER DIZER, né. COMPREENDIA. Porque aí namorado e eu achamos que essa coisa de guardar dinheiro era pra MARIQUINHAS e resolvemos torrar tudo num PC novo que roda, se pá, até a mãe dele. Com a minha. Jogando basquete. Pela NBA.