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13 years ago @ Na Prática a Te... - Férias NPTO · 5 replies · +1 points

Isso não é tão generalizado assim. Acontece mais nos maiores. Nos menores é bem raro. E nos maiores... bem, nos maiores tem de tudo, né? Tem até o Tiago.

Fiquei incomodado com sua generalização, que se aplica a todos os que têm alguma ansiedade pela volta do Celso, como se todo mundo que se manifesta e está carente quisesse idolatrá-lo. Eu quero que ele volte para espinafrá-lo, isso sim. ;)

13 years ago @ Na Prática a Te... - Férias NPTO · 10 replies · +2 points

Ou o cara é legal, os textos dele são bons e um espaço só dele é divertido de acompanhar.

Tirar grandes conclusões de pequenas premissas, isso sim é médio-classismo intelectual, if you know what I mean.

13 years ago @ Protosophos - Observatório Sakamoto · 0 replies · +1 points

Outro que era contra a turma austríaca era o Merquior, que apesar dos erros era um cara que manjava.

13 years ago @ Protosophos - A Infância do Novo Li... · 6 replies · +1 points

São casos de sucesso. Mas quando vemos o buggy Windows ser adotado em massa pela IBM, enriquecendo Bill Gates e praticamente atrasando o desenvolvimento de softwares em meia dúzia de anos...

O consolo é que se nesse caso houvesse uma imposição estatal provavelmente seria pior.

13 years ago @ Protosophos - Observatório Sakamoto · 4 replies · +1 points

Não darei murro em ponta de faca, pois o tempo todo parecemos estar falando de coisas diferentes: você apela para o que deveria ser, eu apelo para o que é e como manobrar ali dentro. Um liberal mais clássico e outro pragmático, sem nenhum demérito nas expressões. Então responderei apenas ao objeto de controvérsia mais direta, não turvada por um certo radicalismo ideológico e/ou pragmático: a questão da sonegação ser contraproducente para a causa liberal.

É uma impressão que tenho, confesso: não é nada sistematizado ou comprovável por pesquisas. Nasce da observação do comportamento de muitas pessoas, tanto as que conheço como as que apenas sei que existem, além das que se manifestam na mídia de alguma forma. E a impressão é a seguinte: ao sonegar, a pessoa "resolve" seu problema do meio mais direto e fácil: paga menos, tem mais dinheiro. Pode até ser contrário à carga tributária, mas opta por uma resolução ilegal que o beneficia apenas no curto prazo. Isso em lugar de uma ação política intensa em favor de uma maior racionalidade tributária.

Em qualquer país do mundo há liberais, mas no Brasil (e em alguns outros poucos países, por motivos diversos) eles carecem de representação política, de uma forma mórbida. Esses que sonegam, em grande parte, me parecem não apenas sonegar impostos, mas sonegar seu apoio às causas liberais. O quadro partidário do Brasil, é bom lembrar, já foi artificial, mas a partir dos anos 80 poderia ter estabelecido um partido de posição liberal. O PL foi um projeto, que inclusive lançou o Afif em 89, mas veja o que o PL se tornou nos anos seguintes. Exatamente a imagem de um certo elitismo conservador brasileiro, preocupado com seu bolso e seu butim no Estado. Não à toa, elegeu o vice-presidente dos mandatos de Lula.

As possíveis "bases sociais" do liberalismo no Brasil são, em geral, individualistas e egoístas. "Ah, mas o individualismo não é justamente uma das bases do liberalismo?" Sim, mas não o individualismo que sufoca o outro. Repito: é fácil para as classes média e alta sonegar os impostos e depois depender do Estado para qualquer iniciativa. Preferem resolver o problema no curto prazo, e os outros que sustentem o estado de coisas. Nenhum perfil consegue ser mais alienado que esse.

13 years ago @ Protosophos - Observatório Sakamoto · 13 replies · +1 points

Por fim, um destaque maior a um trecho algo lateral, que toca no que foi dito pelo Adriano "em minha defesa":

Segundo você, um homem miserável e que pague muito poucos impostos (basicamente só o dos poucos bens que ele às vezes compra) está agindo imoralmente porque faz uso "direto e indireto" de serviços pelos quais ele não pagou (saúde, uso da rua, etc)?

Jesus. De onde se consegue tirar esse argumento? Lembra-me do "not even wrong". Veja:

1) Esbarra na realidade. Os que menos têm são os que mais pagam proporcionalmente, todos os estudos comprovam isso, então eu diria que a maioria esmagadora dos que realmente precisam do Estado deram ainda mais do que era razoável dentro de suas condições.

2) Como dito acima, não associei isso à moralidade em momento algum. Talvez o que tenha causado essa associação sua seja minha citação ao Críton, pois lá o Sócrates realmente se preocupa com o efeito moral da desobediência às leis da cidade. Adaptando para nosso contexto, eu não diria que é necessariamente imoral sonegar, mas considero os efeitos potencialmente danosos ao tecido social. Veja, a própria prática da sonegação impede mobilização contra a carga tributária, é contraproducente (mas assumo que isso é mais uma teoria minha do que uma constatação factual).

3) Você ignorou o fato mais importante na comparação entre o "miserável" e o "classe média" ou seja lá o que for: a natureza dos impostos sonegados. O pobre, em geral, sonega imposto comprando produtos pirateados ou contrabandeados - e só. O que tem mais dinheiro pode sonegar no imposto de renda, pode fazer diversos malabarismos contábeis e, vejam só, driblar a legislação trabalhista - o que não é uma sonegação.

O pobre é mais impelido a buscar um emprego CLT pois precisa assegurar benefícios frágeis, mas essenciais, como férias, 13° e previdência - visto que ele não possuiu as chances de buscar empregos mais autônomos, que dependem de formação. Repetindo: trabalhar fora da CLT não é sonegar impostos, mas para fazer isso e pagar menos impostos, é preciso ter uma vantagem que foi adquirida parte por mérito, parte por oportunidade. Essa segunda parte a maioria dos pobres não teve.

4) Para finalizar: as aspas em "uso direto e indireto" são curiosas, pois denunciam provavelmente uma incompreensão da complexidade social. Basta uma observação mais aguçada para ver o quanto fazemos uso diariamente, muitas vezes sem nos darmos conta, dos serviços estatais. A maior parte deles é precária, é claro - mas usamos, e se tentarmos não usar teremos sérios problemas.

13 years ago @ Protosophos - Observatório Sakamoto · 0 replies · +1 points

Vamos por itens:

1) Não discuti a moralidade, apenas apontei o fato de que sonegar impostos é contrariar a lei vigente - e é um exagero mastodôntico dizer que nossa sociedade empobreceria "a níveis africanos" caso toda a sonegação fosse dirimida.

2) É evidente que não sou fã de impostos. Não gosto da ideia de o Estado, por mais eficiente que seja, retirar o dinheiro compulsoriamente das pessoas. No meu mundo ideal, impera a Minarquia. Mas isso é ser pouco realista. Há toda uma rede de auxílios estatais, de serviços públicos e de aposentadorias e pensões geridas pelo Estado - e a existência dessa rede não é, de forma alguma, uma idiossincrasia nacional.

3) Lidando com o mundo que temos, uma verdadeira reforma trabalhista (mais importante que a tributária, também necessária) e muitos outros dispositivos deveriam aprimorar a eficiência estatal e diminuir a carga tributária nacional. Sou totalmente a favor disso. E de que os cidadãos paguem seus impostos durante todo o processo, claro.

4) Dito tudo isso, acho sua reação uma histeria muito grande com a afirmação do Sakamoto. Em grande medida o dinheiro de impostos é sim "dos outros". O "Estado assistencialista" é o que permite a dezenas de milhões de pessoas terem acesso a serviços que, embora precários, estariam totalmente fora do alcance dessas pessoas de maneira privada em nossa atual conjuntura. E não precisa ser miserável para isso: estudei em escola pública, minha irmã estudou, minha namorada estudou. Estudei e estudo na USP, financiada para mim com o dinheiro dos muitos consumidores no estado de São Paulo, tanto os que compram carros e joias quanto os que compram pão e leite e só. Ignorar essa situação universitária da qual, salvo engano, todos compartilhamos, é esquecer convenientemente que nos beneficiamos disso.

5) Não é legal, eu sei, pagar um monte de impostos, pagar um monte de outras coisas na iniciativa privada e ter dificuldades para empreender qualquer coisa. Todo meu apoio para mudar isso. Mas enquanto aqui estamos, nas condições acima referidas, sonegar é um problema. Se o dinheiro sonegado é melhor empregado em favor da sociedade e, como você faz parecer, salva a sociedade, então diga quais são os impostos que são sonegados hoje. Você talvez se surpreenda com o resultado lógico da enumeração.

13 years ago @ Protosophos - Observatório Sakamoto · 0 replies · +2 points

Sei lá, hein. Não é nem uma questão de se o dinheiro sonegado é melhor empregado pelos que sonegam do que o seria se fosse o Estado a recolher. O fato líquido e certo é: sonegar é descumprir a lei. Não há como não me lembrar do Críton quando penso nessa questão.

Sem contar que é muuuuito mais difícil comprovar que a sociedade faria melhor uso do dinheiro se ele não fosse recolhido pelo Estado (no que acredito) do que evadir-se convincentemente da questão principal: mesmo quem sonega faz uso direto e indireto daquilo que não pagou. Claro, o ponto não é dizer que o Estado só não dá certo por culpa de quem sonega, mas reconhecer que o sonegador tira uma vantagem indevida.

Ainda mais considerando que, mesmo isentos de imposto de renda, os que recebem três ou menos salários mínimos são os que mais pagam impostos proporcionalmente, e são os que menos têm chance de sonegá-los.

13 years ago @ Protosophos - Observatório Sakamoto · 1 reply · +1 points

Gente, e eu achei que não haveria surpresas dessa vez... O comentário acima parece ter sido tão bom que o Intense Debate resolveu deixar um link para que eu o lance no Facebook! Deve ser o ápice do narcisismo!

13 years ago @ Protosophos - Observatório Sakamoto · 2 replies · +1 points

É, isso acontece com o Intense Debate por vezes. Ele considera que, como você é um membro feliz e saltitante da comunidade Intense Debate e já teve seus momentos de aprovação, entao você aprova tudo que for de sua lavra. Tanto é que não consigo negativar meu próprio comentário... Nem mesmo este, provavelmente.

Mas isso de dar positivo ou negativo é o máximo de alienação a que alguém consegue chegar. Em vez de escrever uma resposta, nem que seja para concordar e somente concordar (como fiz acima, aliás), o cara vai lá e clica no positivo. Ou no negativo. Só serve mesmo para ver a quantas anda a opinião da galera passiva que lê.